Monday, October 26, 2009

Cyclades: Primeiras impressões



Estivemos na Spiel'09 em Essen e jogamos Cyclades na semana passada. Eu ainda vou falar mais da feira e postar algumas fotos, mas precisava fazer essa resenha antes que eu começasse a esquecer das coisas.

Bom, mas vamos lá, jogamos em quatro pessoas, Wagner, eu e mais um casal de alemães, como eu me esqueci de perguntar o nome deles vamos chamá-los de de Hoyt e Frau (na falta de um nome feminino bom). Vamos ver se eu me lembro direito das coisas...

O jogo se passa na grécia antiga e uma das partes do tabuleiro é dupla face, para que o mapa se ajuste para 2 a 4 jogadores (mapa menor) ou 5 jogadores (mapa maior).

Cada jogador começa com 5 moedas, duas ilhas, com 1 exército em cada e dois barquinhos na sua frota marítima. Tanto o posicionamento dos exércitos quanto dos barcos são definidos nas regras para garantir um maior equilíbrio no jogo.

O objetivo do jogo é conseguir duas metrópoles, essas metrópoles são conseguidas adquirindo-se quatro prédios diferentes OU adiquirindo quatro filósofos OU tomando alguma metrópole arduamente construída por outro jogador.



O turno funciona da seguinte forma:
1. Revela-se uma nova criatura: Uma nova criatura é disponibilizada a cada turno, podem haver até três criaturas disponíveis para compra. Quando uma criatura é revelada, ela custará 4 moedas de ouro, se havia uma outra criatura com esse custo, ela então passará a custar 3, a que custava 3 passará a custar 2 e a que custava 2 será descartada.
As criaturas dão poderes especiais, como poder destruir um exército ou um navio ou então, como no caso da Medusa, não deixar que os exércitos de uma determinada ilha possam se mover.

2. Disponibilização dos deuses: Os deuses Ares, Zeus, Athena e Poseydon são disponibilizados aleatoriamente, não sei como funciona com 2 jogadores, mas com 3, 4 e 5 sempre fica um deus a menos que o número de jogadores. Cada deus só poderá ajudar um único jogador, assim como um jogador só poderá escolher o favor de um único deus. A excessão aqui é Apolo que sempre fica disponível e pode ser escolhido por mais de um jogador.

3. Renda: Cada jogador recebe 1 moeda para cada produção que possua. A produção é ilustarada por um ciclone cheio de frutas, quer dizer, acho que era isso. Todos começam com 2 ciclones.

3. Leilão dos deuses: Cada jogador, escolhe um deus e dá um lance por ele, caso algum outro jogador dê um lance maior por esse mesmo deus, o jogador anterior terá que escolher um outro deus, mesmo que esse já tenha algum lance e assim os jogadores vão pulando de deus em deus até que cada um tenha ficado com um deus, com a excessão do Apolo.

4. Todos pagam o lance dado simultaneamente, para evitar que algum poder de alguma criatura tire o dinheiro de um jogador antes disso.

5. Os deuses são resolvidos na ordem em que foram disponibilizados. O primeiro jogador a receber o favor dos deuses, será o último a dar lance no próximo turno. Apolo é sempre o último deus, por isso quem o escolhe será sempre o primeiro jogador no turno seguinte.
Os favores dos deuses são os seguintes:
  • Zeus: Permite que você contrate Priests (que mais parecem Magos) e construa Templos (prédio lilás). Para cada Templo que você tiver, você paga uma moeda a menos nas criaturas. Além disso para cada Priest que você tiver, você paga uma moeda a menos no leilão dos deuses.
  • Ares: Permite que você aumente e mova seus exércitos (única forma de entrar em conflito e conquistar novas ilhas) e construa Fortalezas (prédios vermelhos). Para cada Fortaleza que você tiver, você ganha um a mais nos combates.
  • Poseydon: Permite que você aumente e mova sua frota marítima (única forma de realizar um combate marítimo) e construa Portos (prédios azuis). Para cada Porto que você tiver, você ganha um a mais nas batalhas marítimas.
  • Athena: Permite que você contrate Filósofos (que parecem filósofos, mesmo) e construa Universidades (prédios brancos).
  • Apollo: Te dá uma moedinha de ouro e um ciclone de frutas que você pode colocar onde quiser.

6. Combate e movimentação de exércitos e frotas: Os exércitos só podem se movimentar de uma ilha para outra se existir(em) barco(s) que possam ser utilizados como pontes. As frotas se movimentam até três espaços somente, e podem ser feitas em grupos, desde que os navios já estejam agrupados num único hexágono(o mar é dividido em hexágonos).
O combate é bem simples, cada um rola um dado, que vai de 0 a 3, o número que sair no dado é o número da força de cada um dos seus exércitos. O que tiver menor força, perde 1 exército ou navio, em caso de empate cada um perde 1 exército ou navio, até que só um dos jogadores sobreviva.


O jogo é bem rápido, mais rápido do que eu imaginava, deve ter uns dez a quinze minutos de explicação e uns quarenta minutos de jogo. A impressão inicial é que dinheiro é muito importante, e ele é mesmo, mas se você demorar demais para começar a construir prédios ou pegar filósofos, você pode se perder no jogo. Uma outra coisa que eu percebi é que

o posicionamento do vermelho (Wagner estava com essa cor) te dá uma vantagem enorme. Por exemplo, somente o Vermelho e o Azul começam com ilhas com quatro espaços para construção de prédios e somente o Vermelho tem duas ilhas, com dois ciclones cada, a seu alcance já com pontes de barcos construídas.

Mas enfim, aconteceu que todos estavam de olho no Wagner que estava crescendo e se multiplicando a olhos vistos, só que o problema dele é que ele foi muito para o Apolo para aumentar a renda dele e parou de construir prédios e não pegou nenhum Priest, o que fazia com que ele gastasse horrores nos deuses só para evitar que outras pessoas pegassem o que elas precisavam. O Hoyt estava com três Priests! Sendo um que ele roubou de mim e a Frau estava só na surdina tentando não chamar a atenção. O problema foi que eu já tinha três prédios diferentes e tinha acabado de trocar quatro Filósofos por uma metrópole, daí eu percebi uma certa comoção do outro lado da mesa, ela apontando para meus prédios e falando da minha ilhazinha isolada com um único exército protegendo a minha metrópole e vi que todos começaram a me cercar. E o cara que nos explicou o jogo ainda disse: "Essa metrópole é sua agora, mas ela não será para sempre." E eu olhei para ele com uma cara como quem diz: "Como assim???"
A minha sorte foi que eu tinha dinheiro e como eles só podiam chegar em mim se escolhessem o Ares, que era examente o mesmo Deus que eu precisava. Então inflacionei todos os leilões e não deixava que sobrasse dinheiro para que eles pagassem os movimentos necessários para chegar em mim. No fim ganhei com um combo de criaturas que me protegiam e me davam um prédio da cor que eu precisasse. Resumindo, é possível vencer o jogo sem um único combate, ou seja, do jeito que eu gosto.

6 comments:

  1. Eu tô de olho nesse jogo, e agora lendo a resenha ele tá me parecendo bem legal... Continua na wish-list... =D

    bjos...

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  2. Boa session repoort Vanessa. Esse jogo está na minha wishlist do Secret Santa :)

    Victor, que ficou intrigado pela learning session do Conquest of the Paradise nesse sábado.

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  3. Olá Van...

    Mas e aí, o que vc achou do jogo?? É bom ou ñ?? Vale a pena comprá-lo?.

    Bjos

    JJ

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  4. Oi, Jesse!

    Eu gostei do jogo, sim. Achei um bom jogo médio, ele é simples de explicar as regras, tem uma interação entre os jogadores e dá para perceber que as possibilidades são variadas.
    Eu recomendaria.

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  5. Valeu pela dica!
    Joguei e comprei.

    Ernane.

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  6. Bela resenha!

    Deu vontade de experimentar!

    Abraço

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